O que tenho?
Tenho uma vontade desenfreada de ir em frente. Mais forte que um carro sem freios ladeira abaixo, a queda da mais alta cachoeira, ou mesmo a força da tempestade em alto mar. Essa vontade é a força que faz mover o mundo, mantendo o brilho das estrelas, o silêncio no vácuo, o mistério escondido de nossa limitada percepção, o que preenche o universo inteiro com algo que ainda não nos é revelado. A progressão contínua e incessante do meu ser, de minha moralidade, das minhas capacidades intelectuais, dos meus afetos e amores. Os passos vão se dando um a um, e mesmo que curtos, são dados com fome, com vontade, com necessidade de desenrolar a estória à frente. Desenvolve-se - não tão tranquilamente como hoje queria. O efeito é ascender degrau por degrau, cada um em seu tempo, cabendo a essa subida as peculiaridades próprias da busca individual. A causa: uma vontade desenfreada.
Tenho uma boa intensão cravada em meu coração e inata ao meu Espírito; pouco a pouco vou a modelando e um dia brilhará como o mais puro diamante. Nesse dia, faremos parte da luz que irradia por todos os cantos, atingindo cada corpo, cada pedaço, invadindo cada átomo e além. Limitado por um corpo material, não raro ela se entrava em algum lugar escuro de meus temores, impedindo a boa ação, as boas palavras, enfim, fazendo com que seu brilho se apague.
Não são todos os dias fáceis, ou dias de conquista e glória, e nesses me enclausuro em pensamentos e meus atos se tornam comedidos; nesses dias preciso refletir, meditar, achar o caminho para fora da trama de espinhos que se armou em minha mente. Calo-me. Em muitos casos é a melhor saída, o salutar remédio, a resposta necessária. "A dúvida é a resposta do sábio", não sei se li ou inventei essa máxima. O fato é: a quietude é minha melhor amiga nesses e em tantos outros momentos. A solidão é o silêncio para que possa escutar as batidas de meu coração, fazendo com que ecoe por todo meu corpo - novamente - as boas vibrações. De tempos em tempos preciso calar o mundo lá fora e escutar este vasto universo particular. Nada perco, nada se passa em branco; como aprendo!
Talvez meus atos não correspondam com as palavras por mim ditas. Mas até que ponto isso realmente representa a verdadeira intenção? Qual o significado, e onde nos leva, nossas palavras e ações? Podemos responder de várias maneiras, entretanto hoje aprendo que a intenção vale mais que os gestos. O que se carrega no coração e o que está definido e concretizado em sua moralidade é mais importante, valioso e preciso do que qualquer gesto que ensaiamos. Eles podem mentir; seu coração não. Afinal digo que das intenções tenho as melhores (daí me lembro daquele velho ditado popular, que agora não me faz nenhum sentido); as carrego com amor e força em minha alma, pois assim é preciso.
Por vezes incontáveis contradisse meus princípios, contudo não há como chegar a um estado perfeito em uma única vida. Nossa existência é um passo apenas rumo a Deus; um dia seguramente chegaremos ao Seu lado. Não perco de vista meus valores e minhas crenças e tento ao máximo vivê-las com a sinceridade que meu ser permite. Tenho tentado aceitar melhor esta premissa. Sou uma pessoa de bem, dos males o menor.
Tenho saudades do que se foi; sinto falta de velhos amigos, sinto falta dos amores, sinto falta do jogo de futebol de rua, sinto falta da inocência da infância, sinto falta da emoção do primeiro beijo, sinto falta de uma lista imensa de sentimentos, estados, condições. Dizem por aí para se esquecer o passado, mas o passado não se esquece. Ele se vai, mas não se apaga. Estou ligado à ele inevitavelmente, assim como ao presente. Uma linha tênue entre os dois vai costurando meu futuro. Tudo está interligado, não pense que não.
O que fui antes, tenho que melhorar hoje. O que sou hoje, terei que melhorar amanhã. Sucessivamente, os tempos imprimem em nós suas marcas, suas sensações, e mais importante, seus ensinamentos. Não se aprende apenas hoje; aprendeu-se valiosas lições também ontem. Tenho saudades.
Tenho aqui um dever - encaro como uma missão, pois vejo nele uma enorme importância. Uma enorme importância porque estou construindo minha vida, preparando-me para tempos melhores e de paz. Isso é importante! E não obstante esta imensa tarefa, contribuo igualmente para o desenrolar das coisas do Universo. Sou essencial para seu equilíbrio, sua manutenção, sua vida. Somos todos. Individualmente tenho que arcar com cada objetivo que tracei, tenho que completar o que me propus.
Estou ciente de que tenho esta vida agora com um propósito; e nenhum é em vão. Tudo tem um sentido no final, tudo é essencial. Então, não quero ficar parado, estático, sem aproveitar o que me foi dado. Se estou no caminho certo? Talvez sim, pois ainda ele não acabou. Realizo melhor meu trabalho quando o compreendo e me disponho a terminá-lo. Tenho um dever, e antes de partir, quero cumpri-lo.
Tenho sonhos que me enchem os olhos de lágrimas e me arrepiam os pêlos. Talvez eles sejam uma extensão de meus deveres, ou uma versão menos séria e grave. Sei que estão alinhados harmoniosamente. Os resultados esperados são obtidos pelo êxito de ambos. Tais desejos são os contrapesos na balança que busca incessantemente o equilíbrio em tudo. É aquele raio de sol, o primeiro, depois de um dia nublado e carregado; a onda de ar que devolve o fôlego quando aliviado o peso; o alívio de uma dor após o pranto; o corte que se cura e se faz cicatriz. Haverão sempre os prós e contras, os dois lados da moeda.
Terei que passar ainda muitas noites em claro para encontrar a palavra certa, uma única, para que não se perca o livro inteiro. Mas tiro de meus sonhos, minhas realizações, aquilo que espero criar, a motivação, a força, o vigor, a paixão fervorosa para que cada parte de meu corpo persiga meu objetivo. Posso cessar essa busca por um determinado tempo, mas não para sempre. Uma hora ou outra, vou bater na porta da frente de minha determinação e convidá-la a terminar o trabalho que ficou pela metade. Inevitavelmente, estou fadado ao meu próprio sucesso.
Tenho uma vida maravilhosa, não empregando mais o sentido literal das coisas. Uso hoje um novo dicionário que aos poucos vou redefinindo. Vou redefinindo a vida e seus jeitos. Vou apagando as linhas que escrevi logo atrás e escrevendo outras mais; se necessário for, reescrevo e reinvento a estória toda. Usufruo de bens que me foi permitido possuir. Uso, abuso, tento extrair, espremer todo o dom que recebi para atingir tudo ao meu redor e a mim mesmo. Tenho o que preciso agora e o que mais necessito vou adquirindo. Livro-me do supérfluo à medida que percebo que não mais preciso daquilo. Tenho amigos, família, emprego, sabedoria, um cachorro para me manter acordado nas madrugadas insones, um bom agasalho, alguém para conversar, papel para escrever e motivos para sorrir.
Tenho tanto que fico com medo de estar sendo egoísta de alguma maneira não compartilhando. Por essas e outras vou escrevendo minhas felicidades, meus anseios, tropeços, minha filosofia, minha crença, minhas descobertas, percepções, decepções, ambições, júbilos, assim como o meu amor, minhas lágrimas, meu sorriso, meu tato, audição, visão, sonhos, desejos, futilidades, passos, toques, sons, minha procura pessoal pelo meio de como reunir tudo isso e fazer irradiar como luz e sabedoria. Isso já me basta.
Tenho uma vontade desenfreada de ir em frente. Mais forte que um carro sem freios ladeira abaixo, a queda da mais alta cachoeira, ou mesmo a força da tempestade em alto mar. Essa vontade é a força que faz mover o mundo, mantendo o brilho das estrelas, o silêncio no vácuo, o mistério escondido de nossa limitada percepção, o que preenche o universo inteiro com algo que ainda não nos é revelado. A progressão contínua e incessante do meu ser, de minha moralidade, das minhas capacidades intelectuais, dos meus afetos e amores. Os passos vão se dando um a um, e mesmo que curtos, são dados com fome, com vontade, com necessidade de desenrolar a estória à frente. Desenvolve-se - não tão tranquilamente como hoje queria. O efeito é ascender degrau por degrau, cada um em seu tempo, cabendo a essa subida as peculiaridades próprias da busca individual. A causa: uma vontade desenfreada.
Tenho uma boa intensão cravada em meu coração e inata ao meu Espírito; pouco a pouco vou a modelando e um dia brilhará como o mais puro diamante. Nesse dia, faremos parte da luz que irradia por todos os cantos, atingindo cada corpo, cada pedaço, invadindo cada átomo e além. Limitado por um corpo material, não raro ela se entrava em algum lugar escuro de meus temores, impedindo a boa ação, as boas palavras, enfim, fazendo com que seu brilho se apague.
Não são todos os dias fáceis, ou dias de conquista e glória, e nesses me enclausuro em pensamentos e meus atos se tornam comedidos; nesses dias preciso refletir, meditar, achar o caminho para fora da trama de espinhos que se armou em minha mente. Calo-me. Em muitos casos é a melhor saída, o salutar remédio, a resposta necessária. "A dúvida é a resposta do sábio", não sei se li ou inventei essa máxima. O fato é: a quietude é minha melhor amiga nesses e em tantos outros momentos. A solidão é o silêncio para que possa escutar as batidas de meu coração, fazendo com que ecoe por todo meu corpo - novamente - as boas vibrações. De tempos em tempos preciso calar o mundo lá fora e escutar este vasto universo particular. Nada perco, nada se passa em branco; como aprendo!
Talvez meus atos não correspondam com as palavras por mim ditas. Mas até que ponto isso realmente representa a verdadeira intenção? Qual o significado, e onde nos leva, nossas palavras e ações? Podemos responder de várias maneiras, entretanto hoje aprendo que a intenção vale mais que os gestos. O que se carrega no coração e o que está definido e concretizado em sua moralidade é mais importante, valioso e preciso do que qualquer gesto que ensaiamos. Eles podem mentir; seu coração não. Afinal digo que das intenções tenho as melhores (daí me lembro daquele velho ditado popular, que agora não me faz nenhum sentido); as carrego com amor e força em minha alma, pois assim é preciso.
Por vezes incontáveis contradisse meus princípios, contudo não há como chegar a um estado perfeito em uma única vida. Nossa existência é um passo apenas rumo a Deus; um dia seguramente chegaremos ao Seu lado. Não perco de vista meus valores e minhas crenças e tento ao máximo vivê-las com a sinceridade que meu ser permite. Tenho tentado aceitar melhor esta premissa. Sou uma pessoa de bem, dos males o menor.
Tenho saudades do que se foi; sinto falta de velhos amigos, sinto falta dos amores, sinto falta do jogo de futebol de rua, sinto falta da inocência da infância, sinto falta da emoção do primeiro beijo, sinto falta de uma lista imensa de sentimentos, estados, condições. Dizem por aí para se esquecer o passado, mas o passado não se esquece. Ele se vai, mas não se apaga. Estou ligado à ele inevitavelmente, assim como ao presente. Uma linha tênue entre os dois vai costurando meu futuro. Tudo está interligado, não pense que não.
O que fui antes, tenho que melhorar hoje. O que sou hoje, terei que melhorar amanhã. Sucessivamente, os tempos imprimem em nós suas marcas, suas sensações, e mais importante, seus ensinamentos. Não se aprende apenas hoje; aprendeu-se valiosas lições também ontem. Tenho saudades.
Tenho aqui um dever - encaro como uma missão, pois vejo nele uma enorme importância. Uma enorme importância porque estou construindo minha vida, preparando-me para tempos melhores e de paz. Isso é importante! E não obstante esta imensa tarefa, contribuo igualmente para o desenrolar das coisas do Universo. Sou essencial para seu equilíbrio, sua manutenção, sua vida. Somos todos. Individualmente tenho que arcar com cada objetivo que tracei, tenho que completar o que me propus.
Estou ciente de que tenho esta vida agora com um propósito; e nenhum é em vão. Tudo tem um sentido no final, tudo é essencial. Então, não quero ficar parado, estático, sem aproveitar o que me foi dado. Se estou no caminho certo? Talvez sim, pois ainda ele não acabou. Realizo melhor meu trabalho quando o compreendo e me disponho a terminá-lo. Tenho um dever, e antes de partir, quero cumpri-lo.
Tenho sonhos que me enchem os olhos de lágrimas e me arrepiam os pêlos. Talvez eles sejam uma extensão de meus deveres, ou uma versão menos séria e grave. Sei que estão alinhados harmoniosamente. Os resultados esperados são obtidos pelo êxito de ambos. Tais desejos são os contrapesos na balança que busca incessantemente o equilíbrio em tudo. É aquele raio de sol, o primeiro, depois de um dia nublado e carregado; a onda de ar que devolve o fôlego quando aliviado o peso; o alívio de uma dor após o pranto; o corte que se cura e se faz cicatriz. Haverão sempre os prós e contras, os dois lados da moeda.
Terei que passar ainda muitas noites em claro para encontrar a palavra certa, uma única, para que não se perca o livro inteiro. Mas tiro de meus sonhos, minhas realizações, aquilo que espero criar, a motivação, a força, o vigor, a paixão fervorosa para que cada parte de meu corpo persiga meu objetivo. Posso cessar essa busca por um determinado tempo, mas não para sempre. Uma hora ou outra, vou bater na porta da frente de minha determinação e convidá-la a terminar o trabalho que ficou pela metade. Inevitavelmente, estou fadado ao meu próprio sucesso.
Tenho uma vida maravilhosa, não empregando mais o sentido literal das coisas. Uso hoje um novo dicionário que aos poucos vou redefinindo. Vou redefinindo a vida e seus jeitos. Vou apagando as linhas que escrevi logo atrás e escrevendo outras mais; se necessário for, reescrevo e reinvento a estória toda. Usufruo de bens que me foi permitido possuir. Uso, abuso, tento extrair, espremer todo o dom que recebi para atingir tudo ao meu redor e a mim mesmo. Tenho o que preciso agora e o que mais necessito vou adquirindo. Livro-me do supérfluo à medida que percebo que não mais preciso daquilo. Tenho amigos, família, emprego, sabedoria, um cachorro para me manter acordado nas madrugadas insones, um bom agasalho, alguém para conversar, papel para escrever e motivos para sorrir.
Tenho tanto que fico com medo de estar sendo egoísta de alguma maneira não compartilhando. Por essas e outras vou escrevendo minhas felicidades, meus anseios, tropeços, minha filosofia, minha crença, minhas descobertas, percepções, decepções, ambições, júbilos, assim como o meu amor, minhas lágrimas, meu sorriso, meu tato, audição, visão, sonhos, desejos, futilidades, passos, toques, sons, minha procura pessoal pelo meio de como reunir tudo isso e fazer irradiar como luz e sabedoria. Isso já me basta.
Gabriel Costa
13/12/2013
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