Traga-me a noite que logo direi que o dia nascerá. Da densa noite virá um por um os raios de luz.
Conte-me algo que lhe faz chorar, e então choraremos juntos. Repartiremos qualquer tristeza,
pela amizade,
pelo amor,
pelo desejo de querer bem. Abraçaremo-nos, e desse calor se anulará as mágoas.
Mostre-me a chuva lá fora e nela nos banharemos, pois mesmo sendo gélidas gotas,
serão tais que nos despertarão para a real vida. Irá nos manter acordados.
Quais são suas feridas?
Quantas são suas dores?
Diga-me tudo! E logo após irei mostrar minhas cicatrizes, de outras lutas também.
Serei cúmplice de suas buscas, um personagem de sua história,
uma base a mais em suas estruturas,
serei algo a mais; o que precisar. Estarei aqui, ao seu lado.
Suportarei junto a ti o que for necessário suportar.
Darei o apoio que será necessário oferecer.
Em momentos, contudo, apenas poderei observar o seu caminhar,
pois preciso é que aprendamos a andar também sozinhos, ensaiando nossos próprios passos.
Estarei em minha busca particular pelos propósitos de minha vida,
e assistirei a tua sina.
Daremos as mãos em difíceis momentos, sorriremos nos bons.
Amaremos.
Junto estarei nas despedidas, ou de mim virá ela.
Prometo tentar, com quão forte for minha vontade.
Tentarei dissipar as lamúrias deste e de outros dias.
Tentarei fazer cinzas as angústias.
Tentarei fazer da vida o melhor lugar.
Tentarei a aprendizagem.
Mas quando me contar sobre felicidade, seremos plenamente felizes.
Gabriel Costa
18/01/2014
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